coala-ornitorrinco: abril 2016

sábado, 23 de abril de 2016

minha alma
nua
anda ao vento
...vestida de ti.

por vezes
dói tanto
a alma...

beijo-te
na alma
incessantemente.

e sobra-me
tanta alma...

nos lugares

e momentos

da tua

ausência.

já não sei
se és.

mas,
tanto amor
obriga-me
a crer.

é tão pouco,

poder
contornar-te
o corpo
sonhado,
com palavras,

até
voltar a
não ser
capaz de
dormir.

e se, na
interrupção
do sono
surges,
delicada
e breve,
não mais
me abandona
uma sinuosa
e delirante
insónia.

um casual
espontâneo
e reservado
encontro,
por certo
se
transformaria
num
precipitado
abraço
de beijos...

no campo,

não há
erva
nem flor,
ave
ou insecto,
árvore
ou ribeiro,

que não
me leve

a ti...