duende...

gostava
de ser
duende
contigo.

e

deitar-mo-nos
sobre
as folhas
das árvores,

caídas,
doces...

turbilhão...

sinto
falta,
da tua
visita,
em
turbilhão.

a magia do toque...

o tocar-te
a alma,
refrescou-me
o corpo.

o tempo...

não.
o tempo
não
suaviza
a dor,
de
tanto
amor...

choveste...

com a
tua vinda
molhaste
a secura
de tanta
ausência.

choveste
como
bênção
na minha
alma,

meu amor.

porquê...

porquê
tanta
lonjura,
com
o amor
à flor
da pele...

nada é o que sou...

nunca dou

quase tudo.

tudo, 

é o que sou.

tudo,

é o que dou.

nada, 

é o que sou.

nada,

é o que tenho.

que não me faltem

as forças

na redenção,

do pranto.

nem a lonjura...

Nem a lonjura me afasta de ti.

o lugar à janela...

estás
no lugar
à janela.

junto
à minha,
a tua coxa
treme.

o desejo
espesso
liberta-nos
o olhar.

o comboio
ficou vazio,
agora cheio
p'los
nossos beijos...

morro de amor...

morro
de amor
como
as
papoilas
à beira
do caminho.