é tudo
tão
vazio,
sem ti...
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
domingo, 25 de dezembro de 2016
é amarga...
é
amarga
a
lonjura
do
amor.
amarga
a
lonjura
do
amor.
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
sábado, 17 de dezembro de 2016
é tão bom...
Quanto mais intensa a vida é, mais a alma dói. Não existem "pequenas" coisas. Como diz Pessoa, tudo é exagerado.
Só a morte dará descanso à alma. Mas é tão bom estar vivo. É tão bom amar...
Só a morte dará descanso à alma. Mas é tão bom estar vivo. É tão bom amar...
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
quão bela...
Quão belos são teus pés, nas sandálias, ó filha de príncipe.
As curvas dos teus quadris são como colares fabricados por mãos de artista.
Teu umbigo é uma taça torneada onde nunca faltará vinho de qualidade.
Teu ventre um monte de trigo cercado de lírios.
Teus seios são como dois filhotes gémeos, de gazela.
Teu pescoço é como uma torre de marfim.
Teus olhos como as piscinas de Hesebon.
Quão bela e quão encantadora és tu ó querida, entre as delicias.
Teu talhe assemelha-se ao da palmeira e teus seios a cachos.
O perfume da tua boca, é como o das maçãs.
Como és bela minha amada, como és bela, com teus olhos de pomba.
Levanta-te, minha amada, minha rola, minha bela... e vem.
Cântico dos cânticos de Salomão (excerto)
As curvas dos teus quadris são como colares fabricados por mãos de artista.
Teu umbigo é uma taça torneada onde nunca faltará vinho de qualidade.
Teu ventre um monte de trigo cercado de lírios.
Teus seios são como dois filhotes gémeos, de gazela.
Teu pescoço é como uma torre de marfim.
Teus olhos como as piscinas de Hesebon.
Quão bela e quão encantadora és tu ó querida, entre as delicias.
Teu talhe assemelha-se ao da palmeira e teus seios a cachos.
O perfume da tua boca, é como o das maçãs.
Como és bela minha amada, como és bela, com teus olhos de pomba.
Levanta-te, minha amada, minha rola, minha bela... e vem.
Cântico dos cânticos de Salomão (excerto)
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
dance me to the end of love...
...my love.
amor mudo...
Ardendo de amor, as cigarras
cantam.
Mais belos porém
são os pirilampos,
cujo mudo amor
lhes queima o corpo.
Canção camponesa do Japão
Herberto Helder, in "Poesia Toda"
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
fecundação
Uma espada de beijos trespassar-te-á
de encontro às muralhas do medo,
quando o desejo abrir as suas válvulas
e o botão dos teus sentidos desabrochar.
Albano Martins, in "Assim são as algas"
de encontro às muralhas do medo,
quando o desejo abrir as suas válvulas
e o botão dos teus sentidos desabrochar.
Albano Martins, in "Assim são as algas"
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
soletro-te...
soletro
a tua imagem
o teu nome
as tuas mãos
o teu sorriso
os teus olhos
a tua boca...
és
o meu léxico.
bem- aventurança
Quem vê, Senhora, claro e manifesto
O lindo ser de vossos olhos belos,
Se não perder a vista só com vê-los,
Já não paga o que deve o vosso gesto.
Este me parecia preço honesto;
Mas eu, por de vantagem merecê-los
Dei mais a vida e a alma por querê-los,
Donde já não me fica mais de resto.
Assim que alma , que vida, que esperança
E que quanto for meu, é tudo vosso;
Mas de tudo o interesse eu só o levo:
Porque é tamanha a bem-aventurança
O dar-vos quanto tenho e quanto posso,
Que quanto mais vos pago, mais vos devo.
Luís Vaz de Camões
quanto mais bebo, mais sede tenho...
Ferido sem ter cura perecia
O forte e duro Télefo temido
Por aquele que na água foi metido,
E a quem ferro nenhum cortar podia.
Quando a apolínio Oráculo pedia
Conselho para ser restituído,
Respondeu-lhe, tornasse a ser ferido
Por quem o ferira, e sararia.
Assim, Senhora, quer minha ventura,
Que ferido de ver-vos claramente,
Com tornar-vos a ver Amor me cura.
Mas é tão doce vossa formosura,
Que fico como o hidrópico doente,
Que bebendo lhe cresce mor secura.
Luís Vaz de Camões
O forte e duro Télefo temido
Por aquele que na água foi metido,
E a quem ferro nenhum cortar podia.
Quando a apolínio Oráculo pedia
Conselho para ser restituído,
Respondeu-lhe, tornasse a ser ferido
Por quem o ferira, e sararia.
Assim, Senhora, quer minha ventura,
Que ferido de ver-vos claramente,
Com tornar-vos a ver Amor me cura.
Mas é tão doce vossa formosura,
Que fico como o hidrópico doente,
Que bebendo lhe cresce mor secura.
Luís Vaz de Camões
doce turbação...
uma
doce
turbação
prende-me
ao lugar
que foi
nosso...
doce
turbação
prende-me
ao lugar
que foi
nosso...
doce insónia...
Estou paralisado, de amor. Incapaz de dormir...
Cântico dos cânticos...
todo
o
Cântico
dos cânticos
de
Salomão,
não chega
para te
dizer...
o
Cântico
dos cânticos
de
Salomão,
não chega
para te
dizer...
tanto encanto...
tanto
encanto
a
inundar-me
de ti...
encanto
a
inundar-me
de ti...
domingo, 4 de dezembro de 2016
fascínio/ansiedade
O meu desassossego desloca-se entre o fascínio dos trabalhos do semestre e a ansiedade da tua vinda.
narrativa de amor
Ver-te, provoca uma vibração alucinada no peito que deixa o coração sem forças, como que sujeito a um amplexo de ardor, quente e doce. Muito doce...
quanto mais...
quanto
mais
amo
mais penso
quanto
mais
penso
mais amo.
mais
amo
mais penso
quanto
mais
penso
mais amo.
sábado, 3 de dezembro de 2016
momentos perdidos...
há
momentos
que custa
muito
ter
perdido...
momentos
que custa
muito
ter
perdido...
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
não consigo...
não
consigo
parar
de
pensar...
consigo
parar
de
pensar...
só com o teu nome
fiz,
um
poema
que
não
posso
publicar,
só
com
o teu
nome.
um
poema
que
não
posso
publicar,
só
com
o teu
nome.
suavemente...
gostava de
ir
contigo
ao teatro
ver uma
peça
interessante
e,
ficar
com a tua
mão
na minha,
acompanhando,
suavemente,
as
incidências
do espectáculo.
o meu livro
és
o meu
livro
do
desassossego...
o meu
livro
do
desassossego...
o encanto de ver a banda passar...
Fui ao pão e no regresso, esperei a uma esquina para ver a banda passar.
Por alguma razão, que desconheço, a banda toca sempre uma música bonita quando passa.
Provoca um arrepio e uma vontade de dançar...
E... de repente... estou preso em teus olhos, a dançar ao som da banda.
Por alguma razão, que desconheço, a banda toca sempre uma música bonita quando passa.
Provoca um arrepio e uma vontade de dançar...
E... de repente... estou preso em teus olhos, a dançar ao som da banda.
a espera...
O que há de horroroso na espera
Em qualquer espera
É que o presente
Só o presente
É a vida
A própria vida
Alberto Lacerda, in "Átrio" Imprensa Nacional-Casa da Moeda
Em qualquer espera
É que o presente
Só o presente
É a vida
A própria vida
Alberto Lacerda, in "Átrio" Imprensa Nacional-Casa da Moeda
na verdade...
Um sofrimento esquecido deixa-nos de algum modo mutilados na alma.
Na verdade, tenho medo é de não ter motivos para sofrer.
Que é o mesmo que não ter motivos para amar.
Que é o mesmo que não amar.
Na verdade, tenho medo é de não ter motivos para sofrer.
Que é o mesmo que não ter motivos para amar.
Que é o mesmo que não amar.
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
completas-me
como
humanos
permanecemos
na
incompletude
do corpo
e da alma.
mas tu
completas-me,
meu amor.
humanos
permanecemos
na
incompletude
do corpo
e da alma.
mas tu
completas-me,
meu amor.
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
vento frio, meu amigo...
troco as voltas
ando ás voltas,
troco o tempo
e a vontade.
há poucas ruas
na cidade
e ver-te dói.
resta-me a planura
e o vento frio
meu amigo.
ando ás voltas,
troco o tempo
e a vontade.
há poucas ruas
na cidade
e ver-te dói.
resta-me a planura
e o vento frio
meu amigo.
ó minha amada...
(...)
E o cheiro dos teus perfumes,
melhor que todos os bálsamos.
Teus lábios, ó minha amada,
destilam mel virgem.
destilam mel virgem.
Leite e mel na tua língua.
O cheiro dos teus vestidos
é como o cheiro do Líbano.
Cântico dos cânticos de Salomão, Poema Terceiro (excerto)
Herberto Helder, in "Poesia Toda"
é como o cheiro do Líbano.
Cântico dos cânticos de Salomão, Poema Terceiro (excerto)
Herberto Helder, in "Poesia Toda"
as pedras choram...
as pedras
choram
pelos passos
que têm
outros caminhos.
choram
pelos passos
que têm
outros caminhos.
sábado, 26 de novembro de 2016
e...
e,
rodopiar
contigo
numa
alegre
torrente
de música.
rodopiar
contigo
numa
alegre
torrente
de música.
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
água...
és
a água
tépida
profunda
penetrada,
docemente
agitada,
pelos
espasmos
do amor,
onde
nado.
a água
tépida
profunda
penetrada,
docemente
agitada,
pelos
espasmos
do amor,
onde
nado.
pintura na areia...
Para curar-me, o feiticeiro
pintou a tua imagem
no deserto:
areia de oiro - teus olhos,
areia vermelha - a tua boca,
areia azul para os teus cabelos,
e branca, branca areia, para as minhas lágrimas.
Pintou durante o dia, e tu
crescias como uma deusa
sobre a imensa tela amarela.
E pela tarde o vento dispersou
a tua sombra colorida.
E, como sempre, na areia
nada ficou senão o símbolo das minhas lágrimas:
areia prateada.
Herberto Helder, in "Poesia Toda", Poema dos índios Peles-Vermelhas
pintou a tua imagem
no deserto:
areia de oiro - teus olhos,
areia vermelha - a tua boca,
areia azul para os teus cabelos,
e branca, branca areia, para as minhas lágrimas.
Pintou durante o dia, e tu
crescias como uma deusa
sobre a imensa tela amarela.
E pela tarde o vento dispersou
a tua sombra colorida.
E, como sempre, na areia
nada ficou senão o símbolo das minhas lágrimas:
areia prateada.
Herberto Helder, in "Poesia Toda", Poema dos índios Peles-Vermelhas
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
por vezes...
por
vezes
sinto-me
sufocar
de tanto
amar.
vezes
sinto-me
sufocar
de tanto
amar.
toalha de linho...
Chegou para tomar café e ao virar-se, viu-me.
- Olá..., disse.
Estava linda, quando se aproximou sorrindo.
Sentou-se para conversar, deixando-me num alvoroço. Estava tão linda.
Ajeitou os cabelos para a frente por cima do ombro esquerdo, ficando a acariciá-los, suave e repetidamente. Um comportamento usual, nela, perfeitamente enquadrado por uma sensualidade inconsciente e natural, tão intensa...
Começámos mais uma conversa breve, ao mesmo tempo que nos tocávamos profundamente pelo olhar.
Provavelmente uma conversa simples, trivial. Como uma toalha de linho onde bordávamos, um amor proibido...
- Olá..., disse.
Estava linda, quando se aproximou sorrindo.
Sentou-se para conversar, deixando-me num alvoroço. Estava tão linda.
Ajeitou os cabelos para a frente por cima do ombro esquerdo, ficando a acariciá-los, suave e repetidamente. Um comportamento usual, nela, perfeitamente enquadrado por uma sensualidade inconsciente e natural, tão intensa...
Começámos mais uma conversa breve, ao mesmo tempo que nos tocávamos profundamente pelo olhar.
Provavelmente uma conversa simples, trivial. Como uma toalha de linho onde bordávamos, um amor proibido...
escravidão...
as
almas
desobedecem
à
escravidão
da norma
e
fundem-se...
almas
desobedecem
à
escravidão
da norma
e
fundem-se...
terça-feira, 22 de novembro de 2016
o teu vestido...
sucedem-se,
ansiosos,
e
molhados,
os
sonhos
em que
te tiro,
do
corpo,
o
cetim azul
do teu
vestido.
ansiosos,
e
molhados,
os
sonhos
em que
te tiro,
do
corpo,
o
cetim azul
do teu
vestido.
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
se fosses luz...
Se fosses luz serias a mais bela
De quantas há no mundo: - a luz do dia!
- Bendito seja o teu sorriso
Que desata a inspiração
Da minha fantasia!
Se fosses flor serias o perfume
Concentrado e divino que perturba
O sentir de quem nasce para amar!
- Se desejo o teu corpo é porque tenho
Dentro de mim
A sede e a vibração de te beijar!
Se fosses água - música da terra,
Serias água pura e sempre calma!
- Mas de tudo que possas ser na vida,
Só quero, meu amor, que sejas alma!
- Bendito seja o teu sorriso
Que desata a inspiração
Da minha fantasia!
Se fosses flor serias o perfume
Concentrado e divino que perturba
O sentir de quem nasce para amar!
- Se desejo o teu corpo é porque tenho
Dentro de mim
A sede e a vibração de te beijar!
Se fosses água - música da terra,
Serias água pura e sempre calma!
- Mas de tudo que possas ser na vida,
Só quero, meu amor, que sejas alma!
Eugénio de Andrade
numa espécie de imortalidade...
e,
o que
restará,
numa
espécie
de
imortalidade
protegida
pela alma,
será
o amor.
o que
restará,
numa
espécie
de
imortalidade
protegida
pela alma,
será
o amor.
alma nua...
gostava
de,
de tempos
em tempos
despir a alma,
tão só
para
descansar
um pouco,
desta dor
infinita
incontida
constante
e inconformada
que a veste.
de,
de tempos
em tempos
despir a alma,
tão só
para
descansar
um pouco,
desta dor
infinita
incontida
constante
e inconformada
que a veste.
domingo, 20 de novembro de 2016
cetim azul...
pudesse,
a voz
da memória,
navegar
num caudal
de palavras,
e confortar-me
a alma,
com a
delicadeza
de um
cetim
azul...
a voz
da memória,
navegar
num caudal
de palavras,
e confortar-me
a alma,
com a
delicadeza
de um
cetim
azul...
saudade...
Não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram.
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
amazing...
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
e ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se não a vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo, tremo. Não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Fernando Pessoa
Já não sei andar só pelos caminhos,
porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
e ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se não a vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo, tremo. Não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Fernando Pessoa
tengo que besarte...
imagino tus ojos
e la piel se me eriza
son las doce en punto
y mi espíritu aterriza,
te miro delante
y se me agota el tiempo
...tengo que besarte!
...Oh, tengo que besarte, amor!
Amanda Cobar
e la piel se me eriza
son las doce en punto
y mi espíritu aterriza,
te miro delante
y se me agota el tiempo
...tengo que besarte!
...Oh, tengo que besarte, amor!
Amanda Cobar
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
romanzeira
a
sensualidade
das
romãs do
meu
quintal,
lembra-me
os seios
e
os lábios
com que
sonho.
sensualidade
das
romãs do
meu
quintal,
lembra-me
os seios
e
os lábios
com que
sonho.
abraço...
...
minhas pernas são água,
as tuas são luz
e dão volta ao universo
quando se entrelaçam
até se tornarem deserto e escuro.
e eu sofro de te abraçar
depois de te abraçar para não sofrer.
Mia Couto
mais forte que as palavras...
Isto às vezes é tremendo porque a gente quer exprimir sentimentos em relação a pessoas e as palavras são gastas e poucas. E depois aquilo que a gente sente é tão mais forte que as palavras...
António Lobo Antunes
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
as tuas palavras
faltam-me
as
tuas
palavras.
as
tuas
palavras.
terça-feira, 15 de novembro de 2016
há um momento...
há
um
momento,
suspenso
no tempo,
que
espera
por nós,
ansioso
como
eu...
um
momento,
suspenso
no tempo,
que
espera
por nós,
ansioso
como
eu...
domingo, 13 de novembro de 2016
ad aeternum...
A dimensão deste desejo jamais poderá ser delimitada ou definida.
É como uma insatisfação decorrente da satisfação... ad aeternum...
É como uma insatisfação decorrente da satisfação... ad aeternum...
a ausência...
a ausência
nao me
liberta
do
o amor,
que
consome
o
tempo.
nao me
liberta
do
o amor,
que
consome
o
tempo.
sábado, 12 de novembro de 2016
os teus acordes
os
meus
ouvidos
só ouvem
os
teus
acordes.
meus
ouvidos
só ouvem
os
teus
acordes.
de olhos cerrados...
e
de olhos
cerrados,
molhados,
dancei,
contigo
na alma,
a suavidade
dos acordes
de,
"dance me
to the end
of love..."
de olhos
cerrados,
molhados,
dancei,
contigo
na alma,
a suavidade
dos acordes
de,
"dance me
to the end
of love..."
o teu silêncio...
até o
teu
silêncio
é
doce...
teu
silêncio
é
doce...
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
fica.
fica.
fica
um
pouco
mais,
na
dimensão
do
efémero.
fica
um
pouco
mais,
na
dimensão
do
efémero.
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
coisas da placenta...
Provavelmente, a única boa experiência maternal que tive foi enquanto estive na placenta.
Só assim se explica o enorme prazer que sinto em nadar de olhos fechados.
Bem...na verdade abro os olhos a cada 4 segundos :-), para corrigir a trajectória, :-) o que perfaz 3/4 do tempo total de olhos fechados.
É um tempo único, que me permite profundas reflexões..., não obstante a minha concepção de tempo ser diferente da maior parte das pessoas.
Creio que com a idade a minha contagem do tempo passou a fazer-se de forma cíclica, como os maori, isto é, não linear.
Mas é curioso que não dei por isso.
Foi talvez uma transformação inconsciente.
Tanto, faz...
A verdade é que durante o referido período, o tempo parece estar parado... e as emoções, em vez de passarem por mim...permanecem...doces...
Como estou na água não me apercebo se me saem lágrimas dos olhos...
Só assim se explica o enorme prazer que sinto em nadar de olhos fechados.
Bem...na verdade abro os olhos a cada 4 segundos :-), para corrigir a trajectória, :-) o que perfaz 3/4 do tempo total de olhos fechados.
É um tempo único, que me permite profundas reflexões..., não obstante a minha concepção de tempo ser diferente da maior parte das pessoas.
Creio que com a idade a minha contagem do tempo passou a fazer-se de forma cíclica, como os maori, isto é, não linear.
Mas é curioso que não dei por isso.
Foi talvez uma transformação inconsciente.
Tanto, faz...
A verdade é que durante o referido período, o tempo parece estar parado... e as emoções, em vez de passarem por mim...permanecem...doces...
Como estou na água não me apercebo se me saem lágrimas dos olhos...
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
outra dimensão...
Não consigo "arquivar", de uma vez por todas, a frustração e a revolta por ver ciclicamente, a falta de respeito dos chamados "ex-combatentes" da Guerra Colonial almoçando alegremente, celebrando e contando "façanhas", a incautos que ainda não eram nascidos quando da sua ocorrência.
Sim. Falta de respeito pelos que ficaram entregues a outra guerra, violentados de forma sistemática no corpo e na alma... há 55 anos.
Falta de respeito porque celebram o que é inseparável da dor e da devastação deixadas para trás.
Falta de respeito porque se banqueteiam sobre uma memória triste.
Falta de respeito porque celebram o que é inseparável da dor e da devastação deixadas para trás.
Falta de respeito porque se banqueteiam sobre uma memória triste.
A relação que temos com a guerra é uma relação íntima, privada, dolorosa... a não ser que a ausência de escrúpulos determine outra coisa.
A minha relação com a guerra exige a dor de uma ferida eterna.
A minha relação com a guerra exige a dor de uma ferida eterna.
Tem razão Agustina quando diz:
"A guerra é apetecível. Não me venham dizer que a guerra é obra de generais e de caudilhos. A multidão sabe perfeitamente que vai para uma orgia." E a orgia continua...
Recusar-me-ei até ao último suspiro, pertencer à multidão.
E que mágoa, sentir que esta "gente" me atinge numa outra dimensão... só minha.
"A guerra é apetecível. Não me venham dizer que a guerra é obra de generais e de caudilhos. A multidão sabe perfeitamente que vai para uma orgia." E a orgia continua...
Recusar-me-ei até ao último suspiro, pertencer à multidão.
E que mágoa, sentir que esta "gente" me atinge numa outra dimensão... só minha.
domingo, 6 de novembro de 2016
"ex-combatentes"...
As mentes mortas dos "ex-combatentes" recuperam ciclicamente os destroços trazidos pelas ondas da memoria, com medo da solidão a que estão condenados.
"É uma atitude de indivíduos abandonados à razão, incluindo a razão do seu mundo interior isolada do mundo exterior."
Agustina Bessa-Luís (sobre a guerra)
Prefiro manter-me vivo, lutando diariamente com os meus fantasmas e as minhas paixões, sentindo-os na carne e na alma.
"É uma atitude de indivíduos abandonados à razão, incluindo a razão do seu mundo interior isolada do mundo exterior."
Agustina Bessa-Luís (sobre a guerra)
Prefiro manter-me vivo, lutando diariamente com os meus fantasmas e as minhas paixões, sentindo-os na carne e na alma.
:-)...
A minha alma chora eternamente sem medo da solidão.
sábado, 5 de novembro de 2016
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
:-)
Oh my god ... I lost my mind, so much love. :-)
...e de repente...
e de repente,
invade-me
uma vontade
imensa de
brincar
contigo.
correr
num campo
de
margaridas,
ao som
do teu riso.
abraçar-te
e
rodopiar
até cairmos
no silêncio
de um beijo...
invade-me
uma vontade
imensa de
brincar
contigo.
correr
num campo
de
margaridas,
ao som
do teu riso.
abraçar-te
e
rodopiar
até cairmos
no silêncio
de um beijo...
terça-feira, 1 de novembro de 2016
teus olhos
teus olhos
e mãos
disseram,
o que
os lábios
não
falaram.
e mãos
disseram,
o que
os lábios
não
falaram.
consigo ouvir...
consigo
ouvir
o suave
ressoar
de um
beijo
inventado
em teu
rosto.
amor impuro...
o nosso amor é impuro
como impura é a luz e a água
e tudo quanto nasce
e vive além do tempo...
Mia Couto
como impura é a luz e a água
e tudo quanto nasce
e vive além do tempo...
Mia Couto
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
benção
que os
deuses
te
abençoem
meu amor...
deuses
te
abençoem
meu amor...
domingo, 30 de outubro de 2016
poema sem fim...
na
verdade
és um
poema
sem fim...
o meu
poema...
verdade
és um
poema
sem fim...
o meu
poema...
um desejo...
um desejo?
apenas
um olhar,
meu amor...
apenas
um olhar,
meu amor...
salvação
salva-me
este espaço,
onde escrevo
a
imensidão
do amor.
este espaço,
onde escrevo
a
imensidão
do amor.
parco sono
no parco
sono
obrigas-me
a sonhar.
sono
obrigas-me
a sonhar.
depois do sono...
habitas
completamente
a minha
percepção
sensível...
obrigas-me
a dizer
em silêncio,
os
sonhos
transpirados,
depois
do sono.
completamente
a minha
percepção
sensível...
obrigas-me
a dizer
em silêncio,
os
sonhos
transpirados,
depois
do sono.
sábado, 29 de outubro de 2016
perfume de maçã
Como és bela bela, como
és bela, ó amor, ó delicias.
No teu impulso, és como a palmeira -
teus seios são cachos de tâmaras.
Sejam teus seios como cachos de uvas;
teu hálito, perfume de maçã;
tuas palavras um vinho delicado.
Cântico dos cânticos de Salomão, Poema V
Herberto Helder, in "Poesia Toda"
és bela, ó amor, ó delicias.
No teu impulso, és como a palmeira -
teus seios são cachos de tâmaras.
Sejam teus seios como cachos de uvas;
teu hálito, perfume de maçã;
tuas palavras um vinho delicado.
Cântico dos cânticos de Salomão, Poema V
Herberto Helder, in "Poesia Toda"
a minha insónia...
a
minha
insónia
vive
do teu
olhar
profundo
e doce...
minha
insónia
vive
do teu
olhar
profundo
e doce...
sentir-te...
sentir-te,
provoca
uma
doce
excitação,
de orgasmo
na alma.
provoca
uma
doce
excitação,
de orgasmo
na alma.
a percepção do amor...
a percepção
do amor,
sustenta
uma
linguagem
comum ao
corpo,
à carne
e à alma.
do amor,
sustenta
uma
linguagem
comum ao
corpo,
à carne
e à alma.
terça-feira, 25 de outubro de 2016
a montanha
até
o
vento
e o
silêncio
da montanha
me
falaram
de ti.
o
vento
e o
silêncio
da montanha
me
falaram
de ti.
sábado, 22 de outubro de 2016
preciso de um deus...
preciso
de
um deus
que me
deixe
a tocar
docemente
o amor.
de
um deus
que me
deixe
a tocar
docemente
o amor.
momento
... então,
criaríamos
o momento.
um momento
breve e
discreto,
não classificado
nem normativo.
que
nos beijasse
intensamente.
criaríamos
o momento.
um momento
breve e
discreto,
não classificado
nem normativo.
que
nos beijasse
intensamente.
cartão de beijo :-)
gostava
de te dar
um cartão,
ao jeito
da
belle epoque,
propondo
um beijo,
para
dobrares
o canto
do sim.
de te dar
um cartão,
ao jeito
da
belle epoque,
propondo
um beijo,
para
dobrares
o canto
do sim.
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
não tenho coragem de olhar o amor.
Não tenho coragem de olhar o amor, mas o feeling da sua presença e a partilha de um momento belo, enche a alma, de secreta, mas vibrante alegria.
los voy a cuidar com todo my amor...
Regalame tu corazón e dejame entrar a ese lugar.
donde nacen as flores, donde nace el amor
Entrégame tus lábios rotos lo quiero besar
los quiero curar
los voy a cuidar com todo my amor
Es raro el amor ah, es raro el amor ah
Que se te aparece cuando menos piensas
Es raro el amor ah, es raro el amor
No importa la distancia, ni el tiempo, ni lá edad
Moja el desierto de mi alma con tu mirar
con tu tierna voz,
con tu mano en mi mano, por la eternidad
Y entrégame esos lábios rotos, lo quiero besar
los quiero curar,
los voy a cuidar, con todo mi amor
Zoe
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
Desencanto
É enorme o desencanto, por perspectivar o inevitável fim da existência, sem ter vivido o momento mágico de beijar uns lábios tão amados, olhando de perto a doçura do seu olhar.
a nossa canção...
e
quando
for
cantado o
amor,
a canção
será
nossa.
quando
for
cantado o
amor,
a canção
será
nossa.
terça-feira, 18 de outubro de 2016
desrazão.
amo-te
porque sim.
na
desrazão
do
impossível
sentido,
de um
amor imenso.
porque sim.
na
desrazão
do
impossível
sentido,
de um
amor imenso.
nostalgia...
nostalgia
tanta
de
namorar
contigo,
longamente...
dos ternos
afagos
de conforto,
em teu braço...
e das
conversas
suspensas,
no tempo
sem tempo...
tanta
de
namorar
contigo,
longamente...
dos ternos
afagos
de conforto,
em teu braço...
e das
conversas
suspensas,
no tempo
sem tempo...
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
beijo doce...
sonhei
um beijo
doce
teu.
um beijo
doce
teu.
domingo, 16 de outubro de 2016
ansiedade...
sufoca-me
uma
ansiedade
vibrante
por ver
teus
olhos doces,
meu amor.
uma
ansiedade
vibrante
por ver
teus
olhos doces,
meu amor.
medo...
tenho medo
que
não venhas,
tenho medo
que
não olhes,
e
tenho medo
que
vejam
tanto medo
e tanto amor.
que
não venhas,
tenho medo
que
não olhes,
e
tenho medo
que
vejam
tanto medo
e tanto amor.
o momento...
aproxima-se,
devagar,
muito devagar,
o momento que
traz
o teu olhar.
devagar,
muito devagar,
o momento que
traz
o teu olhar.
sábado, 15 de outubro de 2016
tanto amor...
que
sentido
faz
desperdiçar
tanto
amor?!...
sentido
faz
desperdiçar
tanto
amor?!...
a tua vinda...
a tua vinda
encharca-me
de luz.
encharca-me
de luz.
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
frieza...
anseio
que
a
frieza
expectante,
não
entenda,
um doce
olhar.
que
a
frieza
expectante,
não
entenda,
um doce
olhar.
lonjura...
arde-me
o peito
de amor
e lonjura.
o peito
de amor
e lonjura.
terça-feira, 11 de outubro de 2016
o meu segredo...
o
meu
segredo
é
todo teu.
meu
segredo
é
todo teu.
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
infinitamente...
na minha
lonjura
vou
alimentar
infinitamente
o sonho
de um olhar
carregado
de beijos.
lonjura
vou
alimentar
infinitamente
o sonho
de um olhar
carregado
de beijos.
expedição...
O antropólogo é um ser solitário de quem se espera seriedade, emoção, convicção, discrição... e sofrimento.
Não se enquadra em nada, passível de promover uma atitude cúmplice e grupal, destilada na contemporaneidade, no sentido de facilitar o esvaziamento e a condução da mente.
Não obstante, envolto numa espécie de magia do sensível, não se livra do ardor do desejo, nem da ânsia de um beijo, que o acompanham na expedição, à dimensão das sensações do corpo e da alma.
Não obstante, envolto numa espécie de magia do sensível, não se livra do ardor do desejo, nem da ânsia de um beijo, que o acompanham na expedição, à dimensão das sensações do corpo e da alma.
sábado, 8 de outubro de 2016
canção de amor
Como hei-de segurar a minha alma
para que não toque na tua? Como hei-de
levá-la acima de ti, até outras coisas?
Ah, como gostaria de levá-la
até um sitio perdido na escuridão
até um lugar estranho e silencioso
que não se agita, quando o teu coração treme.
Pois o que nos toca, a ti e a mim,
isso nos une, como um arco de violino
que de duas cordas solta uma só nota.
A que instrumento estamos atados?
E que violinista nos tem em suas mãos?
Oh doce canção.
Ranier Maria Rilke
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
êxtase...
é um êxtase
sentir-te,
na
elegância
das palavras,
quando
caminhas,
sobre
a plenitude
do sublime.
sentir-te,
na
elegância
das palavras,
quando
caminhas,
sobre
a plenitude
do sublime.
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
sem sentido...
que
sentido
faria,
ser
alegria,
esta dor
de tanto
amar?!...
sentido
faria,
ser
alegria,
esta dor
de tanto
amar?!...
"the thrill is gone..."
a canção
molha-me
o olhar,
pela,
determinada
recusa,
em
partir,
de ti.
molha-me
o olhar,
pela,
determinada
recusa,
em
partir,
de ti.
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
é...
é
na ausência
da ausência
que o tempo pára.
na ausência
da ausência
que o tempo pára.
sábado, 1 de outubro de 2016
poema sonhado
pudesse,
em teu
regaço
depor
uma flor,
e ser, aí,
a minha mão,
flor
também.
Poema criado pelo inconsciente, num período de sono e sonho.
em teu
regaço
depor
uma flor,
e ser, aí,
a minha mão,
flor
também.
Poema criado pelo inconsciente, num período de sono e sonho.
desejo...
tenho
o desejo
amotinado
no peito.
se cuida
Na frase - "Se cuida", o sujeito te ama.
Isabelle Mayara
Isabelle Mayara
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
o encanto
o
encanto
da
voz
do luar,
inaudível
e
ardente,
na
infinitude
do cosmos.
anseio...
anseio
a
profundidade
doce,
de um
olhar
de
desejo.
a
profundidade
doce,
de um
olhar
de
desejo.
existência
"A maior parte dos que trataram das paixões atribuem-nas a não se sabe que vício da vontade humana e, consequentemente, preocuparam-se mais com troçar delas ou lastimá-las do que com explicá-las.
No entanto, as paixões, como tudo o que existe, devem resultar das leis necessárias da Natureza divina.
Trata-se, pois, de compreendermos como é que os sentimentos e as paixões estão ligados à nossa dependência em relação ao Universo, isto é, à existência do nosso corpo na extensão.
Trata-se de compreender como é que os sentimentos e as paixões se ligam ás vicissitudes da nossa existência na duração e ás leis inadequadas que temos dessas vicissitudes."
E.Chartier, in "Espinosa"
sábado, 24 de setembro de 2016
sublimação
a
sublimação
da vontade,
conduz
a alma
nas fúria
das vagas.
sublimação
da vontade,
conduz
a alma
nas fúria
das vagas.
as tuas mãos
a meu
lado,
as tuas
mãos,
diziam-te,
nervosas.
a
alma
vertia
no desejo
do olhar.
sob a
mesa
sentia-te,
suavemente...
lado,
as tuas
mãos,
diziam-te,
nervosas.
a
alma
vertia
no desejo
do olhar.
sob a
mesa
sentia-te,
suavemente...
perfeição
o desejo
insatisfeito
é perfeito.
insatisfeito
é perfeito.
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
no segredo
é um amor
que não
se entrega
um amor
que não
dorme
um amor
livre
no segredo
de tanta
saudade...
que não
se entrega
um amor
que não
dorme
um amor
livre
no segredo
de tanta
saudade...
há momentos
há
momentos
que
me obrigam
a escrever
na
ansiedade
feroz
de tanto amar.
momentos
que
me obrigam
a escrever
na
ansiedade
feroz
de tanto amar.
sinónimo
o sinónimo
do teu nome
é amor.
do teu nome
é amor.
calorzinho adocicado...
Voltar à faculdade, para o antropológico mestrado, transmite à alma um calorzinho adocicado, semelhante ao do amor...
estarei ausente
estarei
ausente
na dimensão
encantada
do saber
sonhado
mas
em ti.
ausente
na dimensão
encantada
do saber
sonhado
mas
em ti.
és...
és
o
encanto
ausente
que
me ausenta
do tempo.
o
encanto
ausente
que
me ausenta
do tempo.
terça-feira, 20 de setembro de 2016
cede...
cede
uma vez
apenas
para
que eu
possa
morrer
em
teus olhos
doces.
uma vez
apenas
para
que eu
possa
morrer
em
teus olhos
doces.
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
revolta
Revolto-me, logo existimos.
Albert Camus
pecado
sou
o
pecado,
que
anseias
cometer.
o
pecado,
que
anseias
cometer.
domingo, 18 de setembro de 2016
a solidão da Lua
- Porque é a Lua, solitária?
- Porque teve um amante que não lhe pôde tocar.
- Porque teve um amante que não lhe pôde tocar.
poema de amor kwakiutl
Fire runs through my body with the pain of loving you
Pain runs through my body with the fires of my love for you
Pain like a boil about to burst with the love for you
Consumed by fire with my love for you
I remember what you said to me
I am thinking of your love for me
I am torn by your love for me
Pain and more pain, where are you going with my love
I’m told you will go from here, I’m told you will leave me here
My body is numb with grief
Remember what I said, my love, goodbyeAn anonymous Kwakiutl Indian
sábado, 17 de setembro de 2016
pediste-me
pediste-me
por amor
de Deus
que não
dissesse
o amor...
por amor
de Deus
que não
dissesse
o amor...
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
metade de mim...
e que a minha loucura seja perdoada
porque metade de mim é amor
e a outra metade também...
Osvaldo Montenegro in "Metade" (excerto)
porque metade de mim é amor
e a outra metade também...
Osvaldo Montenegro in "Metade" (excerto)
terça-feira, 13 de setembro de 2016
"Careca", o touro de la Peña de 2016.
Vai custar-me dormir, com a dor que sinto na alma, pela tortura lanceada e louca, de "Careca" o touro de la Peña.
A minha alma estremece ante a dor deste ser indefeso. A alma destes filhos de Puta diverte-se na mais pura boçalidade, atolada em legalidade e tradição.
Vai custar-me dormir por sentir como, sem forças, vai procurar abstrair-se bebendo nas poças, tentando não pensar na chusma de cobardes que o rodeiam.
Vai custar-me dormir, por imaginar como, a certa altura, este inocente animal desejará morrer... depressa.
Mas sofrerá até ao último sopro de vida, com um desgraçado cobarde encavalitado no dorso, a esfaquear-lhe sucessivamente a nuca.
Foda-se!A minha alma estremece ante a dor deste ser indefeso. A alma destes filhos de Puta diverte-se na mais pura boçalidade, atolada em legalidade e tradição.
Desejo muito que morram, lentamente, atolados nessa legalidade e tradição.
Quanta merda escondem, legalidade e tradição...
Terminada a festa, (sempre a festa) a escumalha volta ao seu look de ovelha pacífica, politicamente correta, que faz do divertimento, objetivo. Mesmo sem alegria.
domingo, 11 de setembro de 2016
a preto e branco
é
a preto
e branco
que a
tua
alma
enche
a minha.
a preto
e branco
que a
tua
alma
enche
a minha.
o amor que trago no olhar...
o amor
que trago
no olhar
denuncia-me.
por ti
por ti
as palavras
brotam
incontroláveis
inconscientes
quentes de
prazer e dor.
as palavras
brotam
incontroláveis
inconscientes
quentes de
prazer e dor.
em ti
não estou
mas
sinto-me
de
corpo e alma
em ti.
mas
sinto-me
de
corpo e alma
em ti.
a tua pele
um beijo
no rosto
e
a tua pele
acende-me...
...de corpo
e alma.
no rosto
e
a tua pele
acende-me...
...de corpo
e alma.
sábado, 10 de setembro de 2016
coisa proibida...
Acho que devemos fazer coisa proibida - senão sufocamos. Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres.
Clarice Lispector
Clarice Lispector
sexta-feira, 9 de setembro de 2016
a alma e o corpo
com a
alma
inundada
de ti
o corpo
não me
obedece
duro e
doído
de paixão.
alma
inundada
de ti
o corpo
não me
obedece
duro e
doído
de paixão.
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
benesse
... é quando,
o momento
tranquilo e bom,
sofre uma
alucinada pirueta
e,
mergulha no
velho sentimento
de dor, desespero e
frustração,
que tudo seca.
os olhos, secos e
sem lágrimas,
doem
e dão forma
ao pranto da alma.
seria uma benesse
chorar...
o momento
tranquilo e bom,
sofre uma
alucinada pirueta
e,
mergulha no
velho sentimento
de dor, desespero e
frustração,
que tudo seca.
os olhos, secos e
sem lágrimas,
doem
e dão forma
ao pranto da alma.
seria uma benesse
chorar...
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
és...
és
o
eterno
momento
a
ausente
presença
o
desejo
implacável
que
sinto
no
corpo
e
na alma.
o
eterno
momento
a
ausente
presença
o
desejo
implacável
que
sinto
no
corpo
e
na alma.
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
encanto
a luz
de um
olhar
tem
tanto
encanto.
de um
olhar
tem
tanto
encanto.
sem presente
sem
presente
o momento
pertence
ao desejo.
presente
o momento
pertence
ao desejo.
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
loucura
é loucura
amar-te.
claro.
se sou
louco
por ti.
amar-te.
claro.
se sou
louco
por ti.
domingo, 28 de agosto de 2016
silêncio da chuva
anseio
pelo
silêncio
da chuva,
que me
refresque
e
liberte,
do hálito,
de tanto
ruído
bebido.
pelo
silêncio
da chuva,
que me
refresque
e
liberte,
do hálito,
de tanto
ruído
bebido.
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
contemplação...
só o
incontrolável
entendimento
do amor,
pode
explicar
o
sofrimento,
ante a
contemplação
de tamanha
delicadeza ...
incontrolável
entendimento
do amor,
pode
explicar
o
sofrimento,
ante a
contemplação
de tamanha
delicadeza ...
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
terça-feira, 23 de agosto de 2016
a tua vinda...
a tua vinda
agita-me
o sossego
que não desejo
nem tenho.
agita-me
o sossego
que não desejo
nem tenho.
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
palavra justa-posta
queria ser
palavra
justa posta,
contigo,
palavra
também.
de sentido
vibrante
e leve.
palavra
justa posta,
contigo,
palavra
também.
de sentido
vibrante
e leve.
domingo, 21 de agosto de 2016
o tempo e a alma
acendes
e apagas
o
tempo...
e apagas
o
tempo...
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
castigo Divino
só
um castigo
Divino
poderá
explicar
a
tortura,
da
ausência
da tua boca,
por troca
com
permanente e
ansiosa
sujeição...
um castigo
Divino
poderá
explicar
a
tortura,
da
ausência
da tua boca,
por troca
com
permanente e
ansiosa
sujeição...
terça-feira, 16 de agosto de 2016
fada do amor
pasmo
em silêncio
de tanto
amar.
queria
um mundo
fadado
por ti.
em silêncio
de tanto
amar.
queria
um mundo
fadado
por ti.
rente aos meus lábios...
Devias estar aqui rente aos meus lábios
para dividir contigo esta amargura
dos meus dias partidos um a um...
Eugénio de Andrade, in "Terra Limpa" (excerto)
para dividir contigo esta amargura
dos meus dias partidos um a um...
Eugénio de Andrade, in "Terra Limpa" (excerto)
harpa de amor
na verdade,
sinto-me a
harpa
que percorres
com os dedos
da tua
alma e
vibra
de tanto amor.
sinto-me a
harpa
que percorres
com os dedos
da tua
alma e
vibra
de tanto amor.
ó tocadora de harpa...
...Ó tocadora de harpa, se eu beijasse
Teu gesto, sem beijar as tuas mãos!
E, beijando-o, descesse p´los desvãos
Do sonho, até que enfim eu o encontrasse...
Fernando Pessoa, "Passos da Cruz" (excerto)
Teu gesto, sem beijar as tuas mãos!
E, beijando-o, descesse p´los desvãos
Do sonho, até que enfim eu o encontrasse...
Fernando Pessoa, "Passos da Cruz" (excerto)
jamais...
jamais
será
impossível,
um amor,
de
imensidão
dorida,
feito.
será
impossível,
um amor,
de
imensidão
dorida,
feito.
é tão largo, o tempo...
é tão
largo,
o tempo
de um
amor
impossível...
largo,
o tempo
de um
amor
impossível...
o brilho da noite
ansiosamente,
à espera,
que a noite,
não tenha nuvens...
noite
a
contemplação
do teu
nome,
absorve-me
a noite.
contemplação
do teu
nome,
absorve-me
a noite.
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
fénix
ainda não percebi,
que não tenho
sobre mim
aquele olhar
de fénix,
profundo
e terno,
que me
queimou o corpo.
que não tenho
sobre mim
aquele olhar
de fénix,
profundo
e terno,
que me
queimou o corpo.
as lágrimas
as lágrimas
são íntimas,
privadas,
secretas.
às vezes
às vezes
sentam-se
e ficam
um pouco,
a conversar...
um pouco,
a conversar...
díez centimetros de silencio...
hay díez centímetros de silencio
entre tus manos y mís manos
una frontera de palabras no dichas
entre tus lábios y mis lábios
y algo que brilla así de triste
entre tus ojos y mís ojos
Mário Benedetti
entre tus manos y mís manos
una frontera de palabras no dichas
entre tus lábios y mis lábios
y algo que brilla así de triste
entre tus ojos y mís ojos
Mário Benedetti
domingo, 14 de agosto de 2016
à terra dos duendes...
queria
muito,
levar-te
à terra dos
duendes...
muito,
levar-te
à terra dos
duendes...
e de repente
e de repente,
a doce solidão
explode,
explode,
em estilhaços
de amargo
sossego.
sossego.
domingo, 7 de agosto de 2016
ahhh... eu sabia... :-)
A arte de amar é a mesma de ser poeta.
Cecília Meireles
Cecília Meireles
sábado, 6 de agosto de 2016
encantamento...
a poesia
é
o encantamento.
o encantamento
és tu.
é
o encantamento.
o encantamento
és tu.
Houdini...
ás vezes
apetece-me
a liberdade
de
Houdini...
outras
não.
sempre?!...
só a
tua
liberdade.
apetece-me
a liberdade
de
Houdini...
outras
não.
sempre?!...
só a
tua
liberdade.
naquela noite...
Naquela noite fizemos o que mais gostávamos: perdemo-nos nos olhos um do outro.
Pedro Paixão
Adivinhá-mo-nos...
Sei que és como eu.
Quase não precisamos fazer uso da gramática.
Adivinhá-mo-nos.
Pedro Paixão
Quase não precisamos fazer uso da gramática.
Adivinhá-mo-nos.
Pedro Paixão
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
beijo...
Num único beijo saberás tudo
aquilo que tenho calado.
Pablo Neruda
aquilo que tenho calado.
Pablo Neruda
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
tentação
não resisto
à tentação
de
esperar-te...
à tentação
de
esperar-te...
favos de som
favos de som.
e a doce flauta ondeante
esgota o sopro no fio interminável.
ilimitada, a capacidade de amar.
porque se esconde então o melhor mel
na simetria fechada da colmeia?
Luísa Freire, in "Verde-Nunca"
e a doce flauta ondeante
esgota o sopro no fio interminável.
ilimitada, a capacidade de amar.
porque se esconde então o melhor mel
na simetria fechada da colmeia?
Luísa Freire, in "Verde-Nunca"
plenitude de silêncio
também é
plenitude,
o pranto
de silêncio,
apertado
no peito.
plenitude,
o pranto
de silêncio,
apertado
no peito.
a doer
a vida
não faz
sentido,
não faz
sentido,
sem um
amor imenso
a doer.
amor imenso
a doer.
mais que a dor
dói mais
que a dor,
esta
insustentável
mágoa,
de ser,
sem ti...
que a dor,
esta
insustentável
mágoa,
de ser,
sem ti...
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
celebração
deixa
que renove
o poema
e encha
de novo
o teu copo.
e com,
um vinho
fresco e
suave,
celebre,
contigo.
que renove
o poema
e encha
de novo
o teu copo.
e com,
um vinho
fresco e
suave,
celebre,
contigo.
perda
é indescritível
a sensação de perda,
por
não ter saído
da cama
para escrever
um poema
que a noite
e tu,
me acenderam
e
pela manhã tê-lo
perdido,
diluído no sono.
chega a doer...
por sorte,
tens o dom de
me manter
a alma
acesa,
inundada pela
imensidão
deste amor
embriagado
de poesia.
a sensação de perda,
por
não ter saído
da cama
para escrever
um poema
que a noite
e tu,
me acenderam
e
pela manhã tê-lo
perdido,
diluído no sono.
chega a doer...
por sorte,
tens o dom de
me manter
a alma
acesa,
inundada pela
imensidão
deste amor
embriagado
de poesia.
domingo, 31 de julho de 2016
quarta-feira, 27 de julho de 2016
de noite...
de noite,
vejo-te
melhor...
vejo-te
melhor...
desejo...
desejo
muito,
mas receio,
olhar
teus olhos
doces,
e que
o meu olhar
fique
inseguro,
pela presença
do mel
da tua boca...
e me traia.
segunda-feira, 25 de julho de 2016
razão de amor
A razão porque me sinto tão bem comigo próprio, não é uma razão apoiada na felicidade, mas uma razão apoiada na dor e no sofrimento de tanto amar.
domingo, 17 de julho de 2016
sonho de mar
se eu pudesse,
vestido de água,
mergulhar
em teus olhos
doces
e nadar
na tua alma...
vestido de água,
mergulhar
em teus olhos
doces
e nadar
na tua alma...
sábado, 16 de julho de 2016
oração.
creio,
no
amor,
todo
poderoso...
sexta-feira, 15 de julho de 2016
dos gardenias para ti...
Dos gardenias - Ibraim Ferrer
terça-feira, 12 de julho de 2016
quinta-feira, 7 de julho de 2016
falta-me o mar...
falta-me
o mar.
falta-me
o ar
do mar.
falta-me
olhar
o mar.
falta-me
a ternura
da areia,
e o
teu olhar.
terça-feira, 5 de julho de 2016
amar...
amar,
dilata
a alma.
dilata
a existência.
de tanto
êxtase,
alegria
e tormento.
dilata
a alma.
dilata
a existência.
de tanto
êxtase,
alegria
e tormento.
sábado, 2 de julho de 2016
no calor...
no calor
do sol
a pique,
a
frescura
das
sombras
me fala
de ti.
do sol
a pique,
a
frescura
das
sombras
me fala
de ti.
sexta-feira, 1 de julho de 2016
visão fugaz
a tua visão
fugaz,
basta,
para me
suspender
a alma e
o corpo.
a ansiedade
por ver-te,
atormenta-me
o ar.
quinta-feira, 30 de junho de 2016
stay
stay,
stay with me
in distance
so that
may
feel you,
my love.
stay with me
in distance
so that
may
feel you,
my love.
inquietude
tudo
me inquieta,
mas é
tão bom
e doloroso...
me inquieta,
mas é
tão bom
e doloroso...
quarta-feira, 29 de junho de 2016
meu amor...
"O amor não é dado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam..."
Martha Medeiros
maré cheia
na maré cheia
vê-se melhor
o que sinto.
vê-se melhor
o que sinto.
metade de mim
metade de
mim
é mar.
a outra
metade...
só tu
sabes...
mim
é mar.
a outra
metade...
só tu
sabes...
terça-feira, 28 de junho de 2016
lugar encantado
é
neste lugar
encantado,
que espero
um amor
impossível,
quem sabe
o primeiro,
quem sabe
o único,
quem sabe...
neste lugar
encantado,
que espero
um amor
impossível,
quem sabe
o primeiro,
quem sabe
o único,
quem sabe...
segunda-feira, 27 de junho de 2016
deserto
tenho um
deserto,
só meu.
em segredo,
ondeado por
dunas
de amor
sem horizonte.
deserto,
só meu.
em segredo,
ondeado por
dunas
de amor
sem horizonte.
sábado, 25 de junho de 2016
virtualidade
saboreio-te
a
virtualidade,
contemplando
e
sonhando
sobre mim,
esse olhar.
a
virtualidade,
contemplando
e
sonhando
sobre mim,
esse olhar.
vinho doce
a tua
fugaz
visita, é
um
estremecer
suave e doce,
como se,
um
gole de
vinho antigo,
frutado e doce,
fosse...
fugaz
visita, é
um
estremecer
suave e doce,
como se,
um
gole de
vinho antigo,
frutado e doce,
fosse...
quinta-feira, 23 de junho de 2016
a tristeza...
a tristeza,
é estado de alma.
é dimensão
do mundo
presente
nos
momentos,
sem tempo.
legitimidade do sonho
sim,
na legitimidade
dos sonhos,
sonho...
...deitar-me
contigo
e
adormecer
cansado,
em
teus beijos.
na legitimidade
dos sonhos,
sonho...
...deitar-me
contigo
e
adormecer
cansado,
em
teus beijos.
amor indelével
A contemporaneidade trouxe novas classificações. No entanto é importante que fique claro, que a justeza, tardia, da condenação do assédio, às vezes disfarçado de simplicidade inocente, não deve pôr em causa a justeza magoada e à flor da alma, de um poema de amor que nos sufoca a garganta.
terça-feira, 21 de junho de 2016
quietude
inquieta-me
a inquietação
da quietude.
a inquietação
da quietude.
se o vento vier
(...)
se o vento vier,
não tenho mais remédio que abandonar-me e ver
até onde me levam os seus espíritos.
Eugénio de Andrade, in "Vertentes do Olhar"
se o vento vier,
não tenho mais remédio que abandonar-me e ver
até onde me levam os seus espíritos.
Eugénio de Andrade, in "Vertentes do Olhar"
domingo, 19 de junho de 2016
inquieto-me...
inquieta-me
o amor,
inquieta-me
o desejo,
inquieta-me
o mar,
inquietam-me
as estrelas,
inquieta-me
o silêncio,
inquieto-me...
enquanto
te vivo,
em doce
inquietude...
o amor,
inquieta-me
o desejo,
inquieta-me
o mar,
inquietam-me
as estrelas,
inquieta-me
o silêncio,
inquieto-me...
enquanto
te vivo,
em doce
inquietude...
sábado, 18 de junho de 2016
inquietação
é a
inquietação
que me
devolve
a paz.
jamais
viveria
em paz
sem,
inquietação.
inquietação
que me
devolve
a paz.
jamais
viveria
em paz
sem,
inquietação.
domingo, 12 de junho de 2016
sublime amor...
A perspetiva antropológica contempla a forma mais sublime de amar, porque é inseparável do desejo indelével de preservar o bem estar do Outro.
sábado, 11 de junho de 2016
vertigem
talvez
Deus não goste
de mim.
e usa-me
como cobaia.
não sei...
agitasse-me
o corpo,
inquietasse-me
a alma.
numa
vertigem,
apaixonante...
Deus não goste
de mim.
e usa-me
como cobaia.
não sei...
agitasse-me
o corpo,
inquietasse-me
a alma.
numa
vertigem,
apaixonante...
sexta-feira, 10 de junho de 2016
momentos ansiosos
há momentos em que,
não obstante a emoção,
as palavras,
cansadas,
não conseguem organizar-se
no poema.
são momentos...
ansiosos,
por voltarem a dizer-te.
não obstante a emoção,
as palavras,
cansadas,
não conseguem organizar-se
no poema.
são momentos...
ansiosos,
por voltarem a dizer-te.
quinta-feira, 9 de junho de 2016
absurdo
o que é absurdo,
é o horizonte
não me trazer
de volta,
os teus olhos.
é o horizonte
não me trazer
de volta,
os teus olhos.
segunda-feira, 6 de junho de 2016
anoiteceu-me...
anoiteceu-me
a caminhada
no regresso,
cansado.
mas,
juro que vi
por entre
as
quentes
neblinas
do
pôr do sol,
o sorriso
do teu
olhar.
a caminhada
no regresso,
cansado.
mas,
juro que vi
por entre
as
quentes
neblinas
do
pôr do sol,
o sorriso
do teu
olhar.
domingo, 5 de junho de 2016
morreria um pouco
morreria
um pouco
com gosto
se fosse
esse
o preço
a pagar
por
cada vez
que visse
os teus olhos
doces.
um pouco
com gosto
se fosse
esse
o preço
a pagar
por
cada vez
que visse
os teus olhos
doces.
para ti
para ti criei todas as palavras
e todas as palavras me faltaram...
Mia Couto
e todas as palavras me faltaram...
Mia Couto
sábado, 4 de junho de 2016
a luz da vida
alegria
tristeza
amor
desejo
contentamento
misericórdia
arrependimento
esperança.
tristeza
amor
desejo
contentamento
misericórdia
arrependimento
esperança.
sexta-feira, 3 de junho de 2016
estranhamente
estranhamente,
sinto necessidade
de atualizar a página
dos sofrimentos,
com medo de ter
esquecido algum.
um sofrimento
esquecido
é dramático.
um sofrimento
esquecido
deixa-nos
na alma,
mutilados.
pois...
tenho medo
de não ter,
motivos para
sofrer.
que é o mesmo
que não ter, motivos
para amar.
que é o mesmo
que não amar.
sinto necessidade
de atualizar a página
dos sofrimentos,
com medo de ter
esquecido algum.
um sofrimento
esquecido
é dramático.
um sofrimento
esquecido
deixa-nos
na alma,
mutilados.
pois...
tenho medo
de não ter,
motivos para
sofrer.
que é o mesmo
que não ter, motivos
para amar.
que é o mesmo
que não amar.
sim, vem.
sim
vem.
vem nos meus olhos
e
dá-me
o teu olhar.
vem.
vem nos meus olhos
e
dá-me
o teu olhar.
um beijo, apenas.
um beijo
no rosto
e
a tua pele
acende-me.
contraponto
Por vezes,
a perspectiva de algo
que muito desejamos,
acontecer,
retira-nos a
capacidade de pensar.
Por trás,
em contraponto,
espreita o seu inverso.
A negação...
a dolorosa inexistência...
o vazio.
a perspectiva de algo
que muito desejamos,
acontecer,
retira-nos a
capacidade de pensar.
Por trás,
em contraponto,
espreita o seu inverso.
A negação...
a dolorosa inexistência...
o vazio.
quarta-feira, 1 de junho de 2016
sustento
o que
me
sustenta,
é a
imensa
ternura
que
me inspiras,
no silêncio
da memória.
me
sustenta,
é a
imensa
ternura
que
me inspiras,
no silêncio
da memória.
terça-feira, 31 de maio de 2016
Harambe e o menino
o teu "gosto",
no que disse
sobre
Harambe e
o menino,
soltou as
lágrimas
que
me sufocavam.
fico-te grato.
no que disse
sobre
Harambe e
o menino,
soltou as
lágrimas
que
me sufocavam.
fico-te grato.
sexta-feira, 27 de maio de 2016
o primeiro beijo
o primeiro
mas
beijo
que te
der,
será suave
muito suave,
mas
ansioso,
depositado
ao de leve,
no mel
dos teus
lábios.
sonhar-te
se o sonho
comanda
a vida,
não tenho
alternativa
senão
sonhar-te.
comanda
a vida,
não tenho
alternativa
senão
sonhar-te.
permanente poema
é a lonjura
que
me obriga
ao permanente
poema que
é,
a permanência
de
pensar
em ti.
que
me obriga
ao permanente
poema que
é,
a permanência
de
pensar
em ti.
boca de mel...
não vais
acreditar,
mas até
as buganvilias
e os aipos,
os morangos
e as romãs,
os pintassilgos
e os pardais,
me falam
de ti,
... boca de mel.
acreditar,
mas até
as buganvilias
e os aipos,
os morangos
e as romãs,
os pintassilgos
e os pardais,
me falam
de ti,
... boca de mel.
quinta-feira, 26 de maio de 2016
cetim azul...
Molhado de suor
Eu gosto
É de te ver bonita
Com aquele vestido
Que eu acho que era branco
E que no fim do ano
Você tingiu de azul
Você tingiu de azul...
Eu gosto
É de olhar teus olhos
Se espalhando na tarde
Em busca de miragens
De bolas coloridas
Que desciam pelo céu
Que desciam pelo céu...
Eu gosto
É de morrer de sede
É de beber teus beijos
É de tocar teu corpo
Molhado de suor
Molhado de suor...
Alceu Valença
quarta-feira, 25 de maio de 2016
até à exaustão...
contemplo
até à
exaustão,
o doce
esplendor
do teu
rosto,
na esperança,
que recuso,
de
apequenar
esta dor.
até à
exaustão,
o doce
esplendor
do teu
rosto,
na esperança,
que recuso,
de
apequenar
esta dor.
mágoa sufocada...
As palavras presas na alma, podem em qualquer momento, ser ditas, pronunciadas.
Mas para que evolem para sempre no tempo, em liberdade, impõe-se que sejam ouvidas.
Mas para que evolem para sempre no tempo, em liberdade, impõe-se que sejam ouvidas.
Claro que a sua acumulação obriga a que pontualmente sejam pronunciadas, tal o ardor com que aguardam...
Mas a ausência da audição libertadora em breve devolverá a mágoa sufocada e distante.
Mas a ausência da audição libertadora em breve devolverá a mágoa sufocada e distante.
segunda-feira, 23 de maio de 2016
contemplo-te
contemplo-te,
contemplo-te,
contemplo-te...
ausente
de mim,
sonho
ser,
na areia,
mar
insaciado,
de ti...
contemplo-te,
contemplo-te...
ausente
de mim,
sonho
ser,
na areia,
mar
insaciado,
de ti...
domingo, 22 de maio de 2016
suave nudez
olhar,
a suave
nudez
de teus
braços,
a doce
profundidade
dos teus
olhos e
o cálice do
teu
sorriso,
quase me
sufoca.
a suave
nudez
de teus
braços,
a doce
profundidade
dos teus
olhos e
o cálice do
teu
sorriso,
quase me
sufoca.
vergastado amor...
e
de repente
explodiu
minha tarde
calma.
a
preto e branco
atordoaste
minha alma,
e
incendiaste
o meu
vergastado amor.
de repente
explodiu
minha tarde
calma.
a
preto e branco
atordoaste
minha alma,
e
incendiaste
o meu
vergastado amor.
quarta-feira, 18 de maio de 2016
depois da chuva
as palavras
do teu
nome
surgem,
como
aipos
viçosos
depois da
chuva,
para me
percorrer
a espinha
e a alma,
num arrepio
agridoce
de paz.
quinta-feira, 12 de maio de 2016
em ti
quero mais
que a fusão
efémera
do sexo.
quero,
em ti
diluir-me
de amor.
que a fusão
efémera
do sexo.
quero,
em ti
diluir-me
de amor.
e de súbito...
e de súbito desaba
o silêncio.
é um silêncio sem ti
sem álamos
sem mar.
só nas minhas mãos
ouço
o silêncio das tuas.
Eugénio de Andrade
o silêncio.
é um silêncio sem ti
sem álamos
sem mar.
só nas minhas mãos
ouço
o silêncio das tuas.
Eugénio de Andrade
quarta-feira, 11 de maio de 2016
ver-te dói.
troco as voltas
ando ás voltas
troco o tempo
e a vontade
há poucas ruas
e ver-te
dói.
resta-me
a planura
e o vento frio
meu amigo.
ando ás voltas
troco o tempo
e a vontade
há poucas ruas
e ver-te
dói.
resta-me
a planura
e o vento frio
meu amigo.
sábado, 7 de maio de 2016
chover contigo.
queria tanto
chover
contigo...
chover
contigo...
sábado, 23 de abril de 2016
alma nua
minha alma
nua
anda ao vento
...vestida de ti.
nua
anda ao vento
...vestida de ti.
domingo, 17 de abril de 2016
por vezes...
por vezes
dói tanto
a alma...
dói tanto
a alma...
sexta-feira, 15 de abril de 2016
incessantemente...
beijo-te
na alma
incessantemente.
na alma
incessantemente.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
espero
espero
nos lugares
e momentos
da tua
ausência.
quarta-feira, 6 de abril de 2016
já não sei...
já não sei
se és.
mas,
tanto amor
obriga-me
a crer.
se és.
mas,
tanto amor
obriga-me
a crer.
terça-feira, 5 de abril de 2016
tão pouco...
é tão pouco,
poder
contornar-te
o corpo
sonhado,
com palavras,
até
voltar a
não ser
capaz de
dormir.
poder
contornar-te
o corpo
sonhado,
com palavras,
até
voltar a
não ser
capaz de
dormir.
na interrupção do sono
e se, na
interrupção
do sono
surges,
delicada
e breve,
não mais
me abandona
uma sinuosa
e delirante
insónia.
interrupção
do sono
surges,
delicada
e breve,
não mais
me abandona
uma sinuosa
e delirante
insónia.
casualidade
um casual
espontâneo
e reservado
encontro,
por certo
se
transformaria
num
precipitado
abraço
de beijos...
espontâneo
e reservado
encontro,
por certo
se
transformaria
num
precipitado
abraço
de beijos...
domingo, 3 de abril de 2016
a ti...
no campo,
não há
erva
nem flor,
ave
ou insecto,
árvore
ou ribeiro,
que não
me leve
a ti...
não há
erva
nem flor,
ave
ou insecto,
árvore
ou ribeiro,
que não
me leve
a ti...
quinta-feira, 24 de março de 2016
sem que o saibas
tenho
na alma
uma imagem
de ti,
entre imensas
outras,
publicadas e
frias...
é
uma em que
olhas,
com muito amor...
sem
que o
saibas.
na alma
uma imagem
de ti,
entre imensas
outras,
publicadas e
frias...
é
uma em que
olhas,
com muito amor...
sem
que o
saibas.
quarta-feira, 23 de março de 2016
sim, falei contigo...
sim,
falei contigo.
falo sempre
contigo.
falo muito
contigo,
seja
de noite,
seja de dia,
seja à
hora
do meio-dia.
se escutares
ouvirás,
a minha alma
procurando
a tua.
sábado, 19 de março de 2016
de súbito...
de súbito,
o vazio
silencioso
do nada.
o vazio
silencioso
do nada.
sábado, 5 de março de 2016
não podes...
não podes
fugir
do amor.
tão
pouco
eu posso
ajudar-te,
a
fazê-lo.
valha-nos
a sua
oculta
e cúmplice
eternidade.
fugir
do amor.
tão
pouco
eu posso
ajudar-te,
a
fazê-lo.
valha-nos
a sua
oculta
e cúmplice
eternidade.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
antes que o mundo se acabe... :-)
(...)
e nos cobrimos de beijos
e de flores
antes que o mundo se acabe...
Hilda Hilst
e nos cobrimos de beijos
e de flores
antes que o mundo se acabe...
Hilda Hilst
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
dizer-te nos olhos
engraçado...
que
nestes monólogos
de alma
te trate
incontornavelmente
por tu.
coisa que nunca
aconteceu.
imaginando
na lonjura,
suponho que
o meu peito
explodiria se,
pudesse dizer
em teus olhos
doces:
amo-te.
que
nestes monólogos
de alma
te trate
incontornavelmente
por tu.
coisa que nunca
aconteceu.
imaginando
na lonjura,
suponho que
o meu peito
explodiria se,
pudesse dizer
em teus olhos
doces:
amo-te.
diz-me
diz-me
que
também
é teu
este
segredo.
que
também
é teu
este
segredo.
num olhar
são tão
intensos
os momentos
que me
não dás,
passando
nervosa,
num olhar...
intensos
os momentos
que me
não dás,
passando
nervosa,
num olhar...
domingo, 14 de fevereiro de 2016
o meu inimigo...
"(...)
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim o meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência."
Carlos Drummond de Andrade
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim o meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência."
Carlos Drummond de Andrade
em ti
queria
tanto,
mas tanto,
esvair-me
em ti.
tanto,
mas tanto,
esvair-me
em ti.
sábado, 13 de fevereiro de 2016
contigo...
nunca
é o meu
tempo,
de um
sono
ausente,
entre
saliva e
suor.
é o meu
tempo,
de um
sono
ausente,
entre
saliva e
suor.
mas nunca é tempo...
Bolo doce que eu veja
a sal me sabe.
Até o mais suave e doce vinho
é para mim como fel de ave.
Só teus beijos a meu coração dão vida.
O que encontrei, Amon o dê
para toda a eternidade.
Literatura egípcia
in, Cantigas de Amor do Oriente Antigo
a sal me sabe.
Até o mais suave e doce vinho
é para mim como fel de ave.
Só teus beijos a meu coração dão vida.
O que encontrei, Amon o dê
para toda a eternidade.
Literatura egípcia
in, Cantigas de Amor do Oriente Antigo
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
indispensável
“O erotismo é uma das bases do conhecimento de nós próprios, tão indispensável como a poesia.”
ANAÏS NIN
sábado, 23 de janeiro de 2016
sim.
sim.
confesso
que sonho
com teus
beijos.
mas no
acordado
suor,
anseio
apenas
um olhar,
silencioso,
profundo
e teu.
confesso
que sonho
com teus
beijos.
mas no
acordado
suor,
anseio
apenas
um olhar,
silencioso,
profundo
e teu.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
tive tanto medo, de te olhar...
a alegria
a tensão
e o medo,
sim,
o medo.
um medo
estranho
e intenso,
de que o
meu olhar
denunciasse
tanto amor.
a tensão
e o medo,
sim,
o medo.
um medo
estranho
e intenso,
de que o
meu olhar
denunciasse
tanto amor.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
um cansaço...
fica no peito
um
cansaço
que não me
deixa
pensar
nem dormir.
quero-te tanto...
um
cansaço
que não me
deixa
pensar
nem dormir.
quero-te tanto...
o teu copo
encher
teu copo,
enche-me
a alma.
teu copo,
enche-me
a alma.
liberdade...
as emoções
não têm
liberdade
para olhar,
teus olhos.
não têm
liberdade
para olhar,
teus olhos.
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