quinta-feira, 30 de junho de 2016

stay

stay,
stay with me
in distance

so that
may
feel you,

my love.

inquietude

tudo
me inquieta,
mas é
tão bom
e doloroso...

eterno tormento



















a satisfação
virtual
do desejo,

renova-o.

transformado
em
eterno
tormento.




quarta-feira, 29 de junho de 2016

teu mar

procura-me
no teu mar.




meu amor...























"O amor não é dado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam..."

 Martha Medeiros

maré cheia

na maré cheia
vê-se melhor
o que sinto.

metade de mim

metade de
mim
é mar.

a outra
metade...

só tu
sabes...

terça-feira, 28 de junho de 2016

lugar encantado

é
neste lugar
encantado,

que espero

um amor
impossível,

quem sabe
o primeiro,

quem sabe
o único,

quem sabe...

segunda-feira, 27 de junho de 2016

deserto

tenho um
deserto,
só meu.

em segredo,

ondeado por
dunas
de amor
sem horizonte.



sábado, 25 de junho de 2016

virtualidade

saboreio-te
a
virtualidade,
contemplando
e
sonhando
sobre mim,
esse olhar.

vinho doce

a tua
fugaz
visita, é

um
estremecer
suave e doce,
como se,
um
gole de
vinho antigo,
frutado e doce,

fosse...


quinta-feira, 23 de junho de 2016

a tristeza...


a tristeza,
é estado de alma.

é dimensão
do mundo

presente
nos
momentos,

sem tempo.


tristeza



















a tristeza
é uma
catarse.

os pardais...




















os pardais,
são
donos e
senhores,
do meu quintal.
e tu,
dona e
senhora,
da minha alma.

legitimidade do sonho

sim,
na legitimidade
dos sonhos,
sonho...

...deitar-me
contigo
e
adormecer
cansado,

em
teus beijos.

amor indelével

A contemporaneidade trouxe novas classificações. No entanto é importante que fique claro, que a justeza, tardia, da condenação do assédio, às vezes disfarçado de simplicidade inocente, não deve pôr em causa a justeza magoada e à flor da alma, de um poema de amor que nos sufoca a garganta.

terça-feira, 21 de junho de 2016

quietude

inquieta-me
a inquietação
da quietude.

se o vento vier

(...)

se o vento vier,
não tenho mais remédio que abandonar-me e ver
até onde me levam os seus espíritos.

Eugénio de Andrade, in "Vertentes do Olhar"

domingo, 19 de junho de 2016

inquieto-me...

inquieta-me
o amor,

inquieta-me
o desejo,

inquieta-me
o mar,

inquietam-me
as estrelas,

inquieta-me
o silêncio,

inquieto-me...
enquanto
te vivo,

em doce
inquietude...




sábado, 18 de junho de 2016

inquietação

é a
inquietação
que me
devolve
a paz.

jamais
viveria
em paz
sem,
inquietação.


domingo, 12 de junho de 2016

sublime amor...

A perspetiva antropológica contempla a forma mais sublime de amar, porque é inseparável do desejo indelével de preservar o bem estar do Outro.

sábado, 11 de junho de 2016

vertigem

talvez
Deus não goste
de mim.

e usa-me
como cobaia.
não sei...

agitasse-me
o corpo,
inquietasse-me
a alma.
numa
vertigem,

apaixonante...




sexta-feira, 10 de junho de 2016

momentos ansiosos

há momentos em que,
não obstante a emoção,
as palavras,
cansadas,
não conseguem organizar-se
no poema.

são momentos...
ansiosos,
por voltarem a dizer-te.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

absurdo

o que é absurdo,
é o horizonte
não me trazer
de volta,
os teus olhos.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

anoiteceu-me...

anoiteceu-me
a caminhada
no regresso,
cansado.

mas,
juro que vi
por entre
as
quentes
neblinas
do
pôr do sol,
o sorriso
do teu
olhar.

domingo, 5 de junho de 2016

morreria um pouco

morreria
um pouco
com gosto

se fosse

esse
o preço
a pagar

por
cada vez

que visse
os teus olhos
doces.

confidências

três vidas























Todos temos três vidas: a vida pública, a vida privada e a vida secreta.

Jorge Luís Borges

para ti

para ti criei todas as palavras
e todas as palavras me faltaram...


Mia Couto

sábado, 4 de junho de 2016

a luz da vida

alegria
tristeza
amor
desejo
contentamento
misericórdia
arrependimento
esperança.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

o que me habita























O que me habita, não é o desejo de possuir mas o de ser amado, intensamente.

estranhamente

estranhamente,
sinto necessidade
de atualizar a página
dos sofrimentos,
com medo de ter
esquecido algum.

um sofrimento
esquecido
é dramático.

um sofrimento
esquecido
deixa-nos
na alma,
mutilados.

pois...

tenho medo
de não ter,
motivos para
sofrer.

que é o mesmo
que não ter, motivos
para amar.

que é o mesmo
que não amar.

sim, vem.

sim
vem.

vem nos meus olhos
e

dá-me
o teu olhar.

um beijo, apenas.


um beijo
no rosto

e
a tua pele
acende-me.


contraponto

Por vezes,
a perspectiva de algo
que muito desejamos,
acontecer,
retira-nos a
capacidade de pensar.

Por trás,
em contraponto,
espreita o seu inverso.
A negação...
a dolorosa inexistência...
o vazio.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

sustento

o que
me
sustenta,
é a
imensa
ternura
que
me inspiras,
no silêncio
da memória.