Conduzo calmamente por uma estrada do Alentejo Interior. Uma daquelas estradas que não são apenas a união de dois pontos, origem e destino, mas permitem, se o quisermos, apreender o espaço que nos rodeia.
Em frente, nas alturas avisto um planar majestoso.
Aproximo-me.
Reduzo ainda mais a velocidade por forma a passar por baixo daquilo que avisto. As minhas suspeitas confirmam-se!
É um milhafre real! A soberba cauda amarela não engana!
Por breves segundos o sol recortou a sua silhueta no asfalto á minha frente.
Enorme!
O coração agitou-se-me no peito, e senti receio de perturbar a dignidade daquele voo.
Um momento absolutamente mágico.
...a rádio transmite "Nocturne" de Chopin...
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