terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Toma-me, noite.



















Se vens à minha procura,

eu aqui estou. Toma-me, noite,
sem sombra de amargura.
consciente do que dou.

Nimba-te de mim e de luar.
Disperso em ti serei mais teu.
E deixa-me derramado no olhar
de quem já me esqueceu


Eugénio de Andrade, in "As mãos e os frutos"
imagem - c o


Sem comentários:

Enviar um comentário