segunda-feira, 28 de outubro de 2013

natura

Quando falamos em fauna, as imagens que nos surgem de imediato na mente, são as de animais de grande, médio e pequeno porte. Esquilos e coelhos seriam os bicharocos do fim da lista.
Errado, pois claro!
Na verdade existem animais que  podemos classificar de micro-fauna e ainda de macro-fauna.
Pessoalmente já tive encontros imediatos de 3º grau, como toda a gente, aliás, com a macro-fauna, isto é, moscas , mosquitos, etc...
O que nem toda a gente terá tido, é encontros com elementos da micro-fauna que existe na natureza, com o mesmo estatuto que a chamada grande-fauna...:-)
Já tive dois encontros desses. O primeiro foi há algum tempo quando trabalhava na minha horta. Devo dizer que a minha horta não tem vedações e tem muitos espaços que procuro manter selvagens, para que os pequenos seres vivos possam, também eles, ter alguma qualidade de vida :-).
Voltando ao encontro, ele acontece quando de repente vejo aos meus pés um ratito do tamanho do meu polegar, caído como morto mas ainda a respirar. Um ratito do campo... também conhecido por ratito "cabrera". Peguei-lhe cuidadosamente e vi um focinho adorável, que abria com dificuldade os olhitos. Fiquei desolado. Certamente tinha-o atingido inadvertidamente com a enxada, e o coitado não teria mais que breves minutos de vida. Na verdade o conceito de tempo nestes seres é diferente do nosso. Apesar de viverem menos tempo que nós, viverão provavelmente mais intensamente...não sei.
Como estava muito calor, abriguei o ratito debaixo de algum pasto e, a espaços, ia vigiando o seu comportamento. As esperanças eram muito poucas. Então, ao baixar-me uma vez mais afastando o pasto protector, o meu amigo dá um repentino salto e foge dali para fora por cima dos torrões!
Não consegui conter um grito de alegria e entusiasmo.
O segundo encontro foi hoje. E foi com um sapinho que ficou com uma perna presa no barro consistente e húmido. Passei momentos de grande tensão a retirar a pernita, com medo de a arrancar ou partir. Finalmente consegui. Coloquei o sapinho na palma da mão e acho que os seus olhos super ternurentos me agradeceram.
Dois finais felizes portanto :-)
Nunca irei esquecer estes dois momentos e o seu significado quanto ao equilibro entre a vida e a morte.


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