terça-feira, 2 de dezembro de 2014

era uma vez...

Era uma vez, uma pequena e muito antiga povoação da planície.
Uma povoação ajustada no tempo, construída algures na idade romana, islâmica, pombalina e modernidade do séc XIX.
As ruas da povoação construídas com perfis adequados a veículos de tracção animal, bem como à deslocação a pé, viram chegar nos finais do séc XX, o automóvel.
Este intruso, em parceria que com a da mecanização agrícola, acelerou ao desaparecimento dos nostálgicos veículos de tracção animal, donos do tempo e do espaço.
Paulatinamente, o império automóvel trocou o prazer social de caminhar, pela a ansiedade.
Caminhar pelas ruas da pequena povoação, tornou-se, por isso, algo a que está associado um importante factor de risco, apesar de estarmos a falar de um povoado que se pode atravessar a pé, em 10 minutos.
Actualmente, qualquer urbe, tem ruas de trânsito condicionado ou proibido, no sentido de devolver o tempo à comunidade.
Na verdade, quanto mais depressa se vive, menos se vive...

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