É sobejamente conhecida a simbiose entre a cal e o Alentejo.
Não o é tanto, o processo construtivo, apetece-me chamar-lhe criativo, que a antecede, isto é, o acto de caiar.
Um processo que me parece ter imenso que ver com a pintura, sendo que, não se dispõe de uma paleta de cores mas apenas de uma: o branco.
Na verdade, é muito semelhante, a relação de intimidade que se experimenta ao preparar tintas e preparar cal.
Mas o que é único e fascinante no acto de caiar, é assistir ao vivo á integração e interacção do branco com o espaço envolvente. Um processo vivo entre pincelar, secagem e explosão de brancura organizada, que nos remete, em certa medida, para a simbiose entre caos e ordem.
Um momento emocionante...
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