(…)
este nome,
este rosto habita-me
silente
contra a recusa, a
mentira, ou a calúnia.
Na epiderme, nos nervos e
na carne,
sobre a língua e o
palato,
adivinho-lhe a forma,
sabor e propósito.
Ouço-o dentro de mim,
mau grado o queira ou não,
que em mim vive e dura,
enquanto eu dure e viva.
E não por meu mal,
que meu mal seria,
mais que perdê-lo, sem
ele viver.
Um rosto persigo,
um nome guardo no sal da
boca.
(…)
Rui Knopfli, in “O
Corpo de Atena” (excerto)
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